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PESQUISA DA PANDEMIA COVID-19 NO VALE DO MAMANGUAPE SERÁ APRESENTADO NO XXXIII CONGRESSO LATINO-AMERICANO ALAS MÉXICO 2022

publicado: 15/08/2022 09h44, última modificação: 15/08/2022 09h44

Com o título PANDEMIA COVID-19. O VÍRUS QUE PAROU O MUNDO. O caso do Vale do Mamanguape na Paraíba – Brasil, o PhD Paulo Roberto Palhano Silva (GEPeeeeS-DED-CCAE-UFPB), estará apresentando o resultado de pesquisa sobre a pandemia Covid-19 no México durante o XXXIII Congresso Latino-Americano ALAS México 2022, de 14 a 19 de agosto.

Os resultados são produtos da Pesquisa de Monitoramento da Pandemia Covid-19 no Vale do Mamanguape. O vírus que parou o mundo. Pesquisa realizada nos 12 municípios que estão no território do Vale do Mamanguape. A coleta, sistematização, validação e publicação da pesquisa ocorreu nesses dois primeiros anos da pandemia no Brasil.

A apresentação ocorrerá de forma presencial na Cidade do México na UNAM - Facultadade de Ciências Políticas e Sociais, no Grupo de Trabalho nº 19 - Acciones Colectivas, Movimientos Sociales y Res | PT.

O ALAS México 2022 tem como objetivo destacar a forma como a discussão acadêmica, especialmente das ciências sociais, abriu caminho usando ferramentas tecnológicas e espaços virtuais como webinars, que vieram para ficar. As novas formas de manter o contato social em tempos de pandemia têm representado um desafio e um campo aberto para a educação e a geração de conhecimento global. Por isso, o XXXIII Congresso Latino-Americano ALAS México 2022 propõe incorporar dinâmicas virtuais para desenvolver um modelo híbrido como estratégia de reunião.

Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a propagação do contágio pelo vírus SARS-COV-2, Covid-19, como uma pandemia. A partir desse momento vivemos tempos confusos, de profundas transformações e rumos incertos que dão conta de uma mutação social de tais dimensões que dão grande sustentação à ideia levantada há alguns anos por filósofos, analistas e cientistas sociais como crise da civilização. Uma característica importante da Covid-19 é que ela é transmitida por contágio direto, razão pela qual a medida sanitária mais adotada pelos governos no mundo foi o isolamento social. A mistura entre um vírus mortal, sistemas de saúde desmantelados por políticas neoliberais, governos pobres, sociedades reativas e muita desinformação.

Na América Latina e no Caribe, a pandemia não filtrada expôs uma realidade social precária em dimensões inimagináveis. Intensificou o desconforto e com ele a necessidade de buscar formas de transformar a realidade. Enquanto os níveis de contágio aumentaram na região, o descontentamento social cresceu como resultado de medidas de restrição social, aumento do desemprego, transição imprevista para a educação virtual, fechamento de espaços públicos e várias outras medidas governamentais. Assim, a realidade social impôs a necessidade de se organizar em um contexto em que o contato com o outro era vivenciado como um perigo vital. Apesar disso e com o passar dos dias, semanas e meses, a organização social recuperou as ruas e até agora tem havido crises políticas,

Esta crise devido à pandemia de Covid-19 nos coloca em um cenário paradoxal e polarizador. Nesse contexto, a sociologia tem servido de insumo e orientador as percepções e tomadas de decisão de governos, organizações civis e movimentos sociais. O debate sobre a realidade foi ampliado e foram promovidos conceitos como crise da civilização, colapso ecossocial, interseccionalidade, neoliberalismo, racismo, violência doméstica, saúde pública, Estado, modelo econômico, programas de desenvolvimento, entre outros.

Por isso, ALAS México 2022 convoca a reflexão, o debate e a produção de conhecimento a partir do pensamento crítico latino-americano e entre profissionais da sociologia e das ciências sociais, para compreender a realidade latino-americana e caribenha em um contexto pós-pandemia. Propomos pensar na(s) pandemia(s) que acompanham a Covid-19: violência, racismo, pobreza, desemprego, deterioração ambiental, violência de gênero, migração, além de visualizar, imaginar e produzir novos cenários de resistência ao capitalismo, ao colonialismo e violência que assume novas formas e se articula com as preexistentes.

Os cenários de pandemia e pós-pandemia da Covid-19 abrem assim a possibilidade de pensar horizontes futuros em que as relações sociais, o papel dos Estados, organizações coletivas, movimentos sociais, saúde, educação, emprego, equidade de gênero, economias, recursos naturais, Relações Internacionais e Geopolítica. Vivemos um cenário complexo em que a (re)construção do social nos levará a pensar a partir do coletivo, colocando a vida no centro.