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Com aprovação de novo PRONEX pela FAPESQ, mapeamento da biodiversidade da Paraíba auxiliará na construção de políticas voltadas à sustentabilidade

“Será apresentado à sociedade o mais amplo e aprofundado diagnóstico da biodiversidade da Paraíba, com a construção de um grande banco de dados oriundo dos mais variados ecossistemas do estado”

publicado: 23/12/2022 16h51, última modificação: 09/01/2023 09h25

O projeto “Biodiversidade da Paraíba: Status, Ameaças e Oportunidades” foi aprovado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba/FAPESQ-PB, em seu edital direcionado ao Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (PRONEX). Um grupo formado por mais de 50 pesquisadores de 13 instituições brasileiras e estrangeiras, coordenado pelo prof. Alexandre Vasconcellos, do Departamento de Sistemática e Ecologia da UFPB, agora compõe o Núcleo de Excelência em Biodiversidade da Paraíba, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Biológicas-UFPB. As atividades do Núcleo funcionarão em sintonia com o Laboratório Misto Internacional IDEAL – artificial Intelligence, Data analytics and Earth observation Applied to SustAinability Lab, coordenado pelo Prof. Rafael L. G. Raimundo, do Campus IV da UFPB e Laure Berti-Equille, do Instituto Francês de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD).

O Núcleo de Excelência em Biodiversidade da Paraíba buscará construir um grande banco de dados sobre a ocorrência e distribuição das espécies pelos mais de 56.000 km2 da Paraíba, abrangendo os mais variados ecossistemas do estado, tanto aquáticos como terrestres, incluindo zonas marinhas, ambientes continentais de água doce, mata atlântica, manguezais, tabuleiros, restingas, brejos de altitude e caatinga. Todos os pesquisadores envolvidos no projeto são experts em biodiversidade e apresentarão à sociedade informações sobre os seus grupos biológicos de estudo, como plantas, fungos, invertebrados terrestres (abelhas, borboletas, cupins, formigas, moscas, mosquitos, libélulas, besouros, colêmbolos, membracídeos, moluscos, opiliões, miriápodes, aranhas e escorpiões), invertebrados aquáticos (esponjas, cnidários, nematoides, anelídeos, picnogônidos, crustáceos, moluscos e equinodermos) e vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos). As informações biológicas primárias serão oriundas dos herbários e coleções zoológicas da UFPB, UEPB e UFCG.

O banco de dados construído será organizado conforme um plano de gestão de dados próprio e depositados em um repositório Dataverse fundamentados sob princípios FAIR, tornando-os, portanto, encontráveis (“Findable”), acessíveis (“Acessible”), interoperáveis (“Interoperable”) e reutilizáveis (“Reusable”). A estruturação do repositório FAIR e o desenvolvimento do plano de gestão de dados já está em curso via projeto DATAPB, também financiado pela FAPESQ.

Ao final do projeto, os pesquisadores esperam que cada município, região (micro e meso) e zonas climáticas da Paraíba possuam informações sobre a sua biodiversidade, incluindo (i) número de espécies; (ii) espécies ameaçadas; (iii) organismos de interesse para saúde pública, animal e fitossanidade; (iv) espécies pragas, exóticas e invasoras; (v) espécies com potencial cinegético e pesqueiro; (vi) espécies com potencial econômico; (vii) área prioritárias para a conservação; e (viii) áreas com lacunas amostrais.

O diagnóstico da sua biodiversidade será um marco para a Paraíba e poderá ser utilizado em processos de gestão e tomadas de decisão pelos agentes públicos, sob a ótica do desenvolvimento sustentável. Os dados sobre a biodiversidade do estado poderão ser amplamente entrelaçados com os parâmetros sociais, econômicos e tecnológicos na busca de uma equalização entre segurança social, prosperidade econômica e a manutenção da “saúde” dos ecossistemas para as próximas gerações.

FONTE: PPGCB/UFPB