Ecologia/CCAE/UFPB na V Expedição Científica do São Francisco

Os estudantes David Luiz do Nascimento Santos e Jessyca Janyny de Oliveira Saraiva Maia e as professoras Milena Dutra da Silva e Nadjacleia Vilar Almeida, do Curso de Ecologia, Centro de Ciências Aplicadas e Educação, integraram a equipe da maior expedição científica do Brasil, a V Expedição Científica do São Francisco, realizada no período de 03 a 12 de novembro de 2022. 

A Expedição Científica do São Francisco é um projeto coordenado pelos professores Emerson Soares, José Vieira e Themis Silva, da Universidade Federal de Alagoas, que promove ações no âmbito da Ciência, Educação e Saúde no Baixo São Francisco. Em sua quinta edição, a Expedição reuniu pesquisadores de 35 áreas de conhecimento, que percorreram juntos 250 km do Rio São Francisco, com ações em 10 municípios ribeirinhos.

Durante a V Expedição do São Francisco, os estudantes e professoras da UFPB realizaram coletas de campo para investigar a fragilidade ambiental nas sub-bacias do Baixo São Francisco, em seus principais afluentes. “Nos sentimos honrados em participar da V Expedição Científica do São Francisco. É uma oportunidade para troca de conhecimentos e aprendizagem, além de colocarmos em prática as pesquisas realizadas em laboratório com enfoque no diagnóstico ambiental de bacias hidrográficas”, disse a professora Nadjacleia Almeida. Explicou ainda que a necessidade de um estudo mais aprofundado deu origem ao projeto de pesquisa “Diagnóstico Ecodinâmico da Bacia Hidrográfica do São Francisco”, desenvolvido no âmbito do Programa de Iniciação Científica da UFPB, sob a coordenação das professoras e participação dos estudantes.

Os trabalhos da equipe iniciam muito antes da Expedição, no Laboratório de Cartografia e Geoprocessamento (LCG/UFPB), com análises de dados geoambientais, mapeamento de áreas de interesse, delineamento amostral e demais etapas de planejamento de campo, além de reuniões com parceiros de pesquisa e expedicionários. Iniciada a Expedição, o laboratório passa a ser itinerante, instalado na embarcação “Maravilhosa”, e a rotina de pesquisa se alterna entre coletas de dados em campo, processamento dos dados e acondicionamento de amostras.

A vivência dessa rotina de pesquisa na Expedição possibilitou que os nossos estudantes tivessem experiências potencializadoras de sua formação profissional, dando a eles a oportunidade de conhecer novas técnicas e equipamentos, e de coletar em áreas de Caatinga, Mata Atlântica e Manguezal numa mesma jornada, aponta a professora Milena Dutra. A estudante Jessyca Janyny acrescenta que participar da V Expedição Científica foi uma experiência transformadora, tanto no âmbito acadêmico quanto no pessoal. Segundo a estudante, “ter a oportunidade de vivenciar a parte prática do que estudamos em laboratório, assim como conhecer as outras áreas e ações que compõem a Expedição, foi esclarecedora de como a pesquisa pode melhorar a qualidade de vida das pessoas. Hoje, com certeza, me sinto uma universitária mais realizada e com mais expectativas”.

Para David Luiz, foi marcante perceber que, mesmo em áreas degradadas, de baixa diversidade e em vizinhança de pasto, a fauna e a flora se mostram resilientes, lembrando do avistamento de serpentes, cardumes em um riacho assoreado e da caducifolia de espécies da caatinga. O estudante destacou, ainda, que a recepção das comunidades ribeirinhas aos 90 expedicionários foi uma experiência inesquecível, em especial na comunidade do Chinaré, em Igreja Nova/AL, na qual a recepção é iniciada por uma barqueata, organizada por pescadores, que contou com a presença de 30 barcos de pesca e uma embarcação com crianças do ensino fundamental da comunidade, que acompanharam as embarcações da Expedição, até o seu ponto de atraque em Chinaré. “Foi lindo ver o carinho da comunidade e o respeito que eles têm com a Expedição. Dá para ver o quanto ela influencia na vida deles”, completou David Luiz.

De volta ao LCG/UFPB, no Campus IV, a equipe agora se dedica ao processamento de amostras, análise de dados fitossociológicos, análise espacial dos dados, entre outras atividades. Os resultados dos estudos da equipe estarão disponíveis no site da Expedição (https://ufal.br/ufal/pesquisa-e-inovacao/programas/expedicao-cientifica-do-rio-sao-francisco). Outras informações e dados podem ser encontrados no site do LCG (http://www.ccae.ufpb.br/lcg) e no instagram (https://www.instagram.com/lcg.ufpb/).

 Equipe do Laboratório de Cartografia e Geoprocessamento (LCG/CCAE/UFPB), integrantes da V Expedição Científica do São Francisco, em frente às embarcações “Magnífica”, ”Maravilhosa” e “Indiana”, utilizadas para transporte e alojamento de quase 90 expedicionários, além de instalação de laboratórios itinerantes. Da esquerda para a direita: Milena Dutra da Silva; Jessyca Janyny de Oliveira Saraiva Maia; Nadjacleia Vilar Almeida; David Luiz do Nascimento Santos. Foto: acervo LCG/UFPB, novembro de 2022.

Equipe LCG/UFPB percorrendo trilha em mata ciliar para acesso ao ponto de estabelecimento do transecto e coleta de dados. Foto: acervo LCG/UFPB, novembro de 2022. 

Aprendendo sobre preparação de VANT (Veículo Aéreo Não-Tripulado) e o uso de câmera multiespectral embarcada para o mapeamento de matas ciliares. Da esquerda para a direita: Jessyca Janyny de Oliveira Saraiva Maia; Nadjacleia Vilar Almeida; Milena Dutra da Silva. Foto: David Luiz, acervo LCG/UFPB, novembro de 2022.

LCG/UFPB itinerante, na embarcação “Maravilhosa” da V Expedição Científica do São Francisco, para a tabulação e processamento de dados. Da esquerda para a direita: Jessyca Janyny de Oliveira Saraiva Maia; David Luiz do Nascimento Santos; Milena Dutra da Silva. Foto: acervo LCG/UFPB, novembro de 2022.

Estudante David Luiz apreciando a barqueata realizada por pescadores da comunidade do Chinaré, Igreja Nova/AL, para recepcionar os expedicionários da V Expedição Científica do São Francisco. Foto: acervo LCG/UFPB, novembro de 2022.

Processamento de amostras de serrapilheira em laboratório, no CCAE/UFPB. Da esquerda para a direita: Jessyca Janyny de Oliveira Saraiva Maia; David Luiz do Nascimento Santos. Foto: acervo LCG/UFPB, novembro de 2022.